Iniciar um processo psicoterapêutico é, por si só, um passo muito importante para a melhoria do bem-estar. No entanto, há posturas que podem potenciar resultados terapêuticos e posturas mais associadas a resultados mais lentos ou até à ausência dos mesmos. Isto acontece porque, infelizmente, o psicólogo não pode ajudar no alcance de objetivos sozinho. É sempre necessária uma colaboração entre o mesmo e a pessoa que está a ser acompanhada. Desta forma, no controlo da pessoa, pode estar permitir-se a ser vulnerável, ser honesta quanto ao que está a sentir, refletir no final das sessões e aplicar o que foi discutido em sessão no seu dia-a-dia.

 

Permitir-me a ser vulnerável

 

O lugar da pessoa num processo terapêutico é um lugar de bastante coragem. A expressão e discussão dos medos, receios e tristezas acaba por ser central no processo porque permite ao psicólogo ver a pessoa tal como ela é, sem filtros. No entanto, é importante a pessoa se sentir segura na relação com o psicólogo para conseguir demonstrar a sua vulnerabilidade e, por consequência, para progredir no processo terapêutico.

 

Ser honesto/a

 

A honestidade no processo psicoterapêutico também é um fator relevante para ganhos terapêuticos. É importante que a pessoa consiga ser sincera quanto ao que está a sentir, fomentando transparência. Por vezes, essa honestidade pode ser dirigida também ao modo de como o psicólogo está a operar e também é importante o psicólogo deter desse conhecimento.

 

Refletir no fim das sessões

 

Pode ajudar, no fim de cada sessão, refletir quanto aos aspetos centrais discutidos bem como as sensações despoletadas ao longo da sessão. Para uma maior consciencialização a médio prazo, uma boa estratégia pode ser a de registar estes insights em algum sítio, de forma a tirar o máximo de proveito de cada sessão.

 

Aplicar o que foi discutido

 

Este aspeto está relacionado com a transferência do que foi discutido para o contexto de vida real da pessoa. Esta aplicação pode implicar a realização de pequenos trabalhos de casa (por exemplo, registar sempre que há uma sensação de vazio) ou de tentar quebrar padrões discutidos em sessão.

 

O processo psicoterapêutico não dependente única e exclusivamente do psicólogo. A postura da pessoa em relação à terapia é determinante para o sucesso psicoterapêutico. Assim, os aspetos acima referidos são de extrema importância para potenciar os ganhos das sessões. Por vezes, pode ser difícil seguir sempre esses passos em algum momento, porém, se forem aplicados a maior parte das vezes, pode estar associado a mais progressos e a processos psicoterapêuticos mais céleres e eficazes.