Vou a um Psiquiatra ou a um Psicólogo?
Escrito em 26 de julho de 2023 • Por Andreia Ramos
É comum as pessoas aparecerem com esta dúvida, parecendo existir alguma dificuldade em determinar a metodologia mais indicada tendo em conta as dificuldades individuais de cada pessoa. Ambas as áreas – Psiquiatria e Psicologia – têm em comum a promoção da saúde mental, sendo o método de intervenção um dos fatores de distinção mais significativos.
Psiquiatra
Um psiquiatra é um médico com formação superior em medicina que, posteriormente, se especializou na área da saúde mental. Como tal, pode prescrever medicação de forma a atenuar as dificuldades mencionadas na consulta e a promover um funcionamento cerebral mais ajustado. Normalmente, requer menos consultas e tende a ter resultados mais rápidos do que a psicologia. Não obstante, esta melhoria é provocada pela medicação e não ocorre intervenção direta nas causas das dificuldades.
Psicólogo
Um psicólogo tem formação superior em psicologia e é um especialista na compreensão do comportamento humano e das suas interações com o meio ambiente, no entanto, não é um médico. A atenuação das dificuldades é realizada através de métodos de avaliação e de técnicas validadas cientificamente que se comprovaram como significativamente eficazes, sendo a ferramenta utilizada a linguagem e a comunicação entre pessoa e psicólogo. Tende a ter uma duração mais longa no tempo, intervindo nas causas das dificuldades através da consciencialização das mesmas e da alteração de padrões disfuncionais que poderão estar a sustentar os sintomas.
O que se adequa mais a cada pessoa depende muito também do que cada um pretende. Há pessoas que se identificam mais com o recurso à psiquiatria e outras pessoas com o recurso à psicologia. No entanto, ambas as especialidades são complementares e, no caso de dificuldades mais acentuadas, uma articulação da consulta de psiquiatria com a consulta de psicologia é o que está associado a melhorias mais significativas e duradouras. Para além disso, aquando desta escolha, se os profissionais de saúde em causa percecionarem a outra valência de intervenção como mais vantajosa para a pessoa, irão comunicá-lo e, consequentemente, encaminhar para o profissional indicado tendo em conta a respetiva situação clínica.