Como sei que o meu psicólogo é bom?

Escrito em 18 de dezembro de 2023 • Por Andreia Ramos

Imagem simplista a representar os requisitos de um bom psicólogo clínico

Um psicólogo é um profissional que tem de ser creditado pela Ordem dos Psicólogos Portugueses para o exercício legal da profissão. No entanto, a definição de um “bom psicólogo” é muito subjetiva e depende muito de pessoa para pessoa e das experiências individuais com as consultas de psicologia. Assim, esta avaliação também dever ser feita mediante a perceção individual de cada pessoa, não havendo regras rígidas quanto ao que torna um “psicólogo bom”. Não obstante, um profissional pode ser avaliado através do seu currículo (por exemplo, formação e especializações, experiência profissional, supervisão e intervisão) e da forma como ele age em consulta. No geral, conjuntamente ao currículo profissional, o psicólogo pode ser "bom" se:

 

Sentir que não me julga ou envergonha

 

O código de ética e deontológico do psicólogo não permite juízos de valor e/ou julgamentos. Desta forma, numa consulta de psicologia, é suposto a pessoa sentir-se segura e não julgada ou envergonhada pelo profissional.

 

Sentir que respeita os meus limites

 

Um psicólogo deve respeitar os limites da pessoa, evitando colocar pressão para ser realizado algo pelo qual ainda não se está preparado. Assim, o processo deve ser mediante o ritmo e a preparação de cada um, tendo em conta os respetivos objetivos terapêuticos.

 

Sentir que compreende as minhas experiências e emoções

 

O papel do psicólogo é compreender o passado e presente da pessoa, à luz das suas emoções, comportamentos e pensamentos. Para além dos sentimentos supramencionados, é importante que a pessoa se sinta validada e compreendida dentro das suas experiências emocionais.

 

Sentir que me desafia de forma gentil

 

Apesar do psicólogo dever compreender a pessoa e os motivos subjacentes a algo, é importante, por vezes, a pessoa ser desafiada de uma forma calma e gentil. Este desafio permite à pessoa perceber alguns dos seus comportamentos e pensamentos mais desajustados e, caso seja realizado de uma forma cuidada, há uma menor probabilidade de a mesma se sentir invalidada ou incompreendida.

 

Apesar destes critérios alinhados com a formação e experiência profissional do psicólogo serem importantes para a avaliação do respetivo processo terapêutico, é importante entender que um psicólogo também tem falhas e, por vezes, pode sentir o contrário das afirmações supramencionadas. No entanto, é crucial avaliar se sente que foi um erro ou se é algo constante ao longo das consultas. Em última instância, pode ser imprescindível comunicar com o psicólogo a insatisfação e/ou trocar de profissional de saúde mental.