O conhecimento na área da psicologia é vasto e está em constante atualização como, por exemplo, novos métodos terapêuticos eficazes e novos desafios mediante a atualidade e mudanças culturais. Assim, considera-se muito difícil um psicólogo estar sempre dentro de todas as dificuldades, problemáticas e abordagens terapêuticas. Nem é realista aspirar saber tudo como psicólogo. Não obstante, apesar deste desafio, é importante que o psicólogo clínico esteja em constante atualização de conhecimentos para garantir que fornece o melhor serviço possível durante cada consulta de psicologia. Para isso, é importante que o psicólogo estude bem as pessoas que acompanha, realize formação complementar e tenha sessões de intervisão e supervisão.

 

Estudo dos casos

 

Apesar de o trabalho da psicologia clínica estar associado ao que acontece em consulta, muito trabalho está subjacente a esse momento. Para isso, um psicólogo clínico necessita de planear a intervenção e, mais especificamente, cada consulta com determinada pessoa numa perspetiva a curto prazo e a longo prazo. Para tal, precisa de compreender a pessoa e elaborar uma concetualização de caso. Essa concetualização permite organizar as informações acerca da pessoa, permitindo ao psicólogo estudar mais sobre a problemática em si e continuar o trabalho específico e direcionado para um ou vários objetivos em contexto de consulta.

 

Formação complementar

 

Para dar resposta a algumas problemáticas específicas, pode ser importante um investimento em formação complementar para além da formação superior necessária para o exercício da profissão (formação realizada em contexto académico). A formação pode ser realizada em abordagens terapêuticas e/ou em problemáticas específicas. O objetivo deve ser sempre manter a atualização na área de interesse e garantir o máximo de qualidade nos serviços enquanto psicólogo.

 

Supervisão e intervisão

 

A supervisão é um serviço realizado por psicólogos que já têm um conhecimento mais aprofundado em alguma abordagem ou área clínica. O objetivo é que, com o anonimato da pessoa assegurada, o psicólogo procure ajuda externa com alguém mais experiente para uma promoção de um melhor acompanhamento da pessoa. A intervisão tem o mesmo propósito, porém, os psicólogos apresentam níveis equiparados de experiência e formação com o intuito de prestar auxílio mútuo.

 

Assim, apesar de um psicólogo não saber tudo nem ter de saber, é importante que haja uma constante atualização em prol da saúde mental das pessoas que acompanha. Usualmente, os psicólogos, com o estudo de casos, formação e supervisão/intervisão acabam por afunilar os seus conhecimentos. Nas áreas ou problemáticas que não são do investimento do psicólogo, o mesmo pode encaminhar para outros profissionais que possam ter mais conhecimento numa determinada dimensão da psicologia.