O que é um ataque de pânico?
Escrito em 4 de dezembro de 2023 • Por Andreia Ramos
Um ataque de pânico consiste numa experiência emocional pautada por medo e desconforto intensos durante um período de tempo normalmente curto. Os sintomas são essencialmente físicos e cognitivos e tendem a aparecer “do nada”. Os ataques de pânico têm, usualmente, a duração de minutos, porém, como são tão intensos do ponto de vista físico e psicológico, as pessoas tendem a experienciar altos níveis de sofrimento aquando da ocorrência de um destes episódios. Normalmente, os ataques de pânico são constituídos por:
Sintomas Físicos
Os sintomas físicos nos ataques de pânico são dos principais sintomas reportados. Habitualmente, as pessoas experienciam taquicardia (o coração a bater rápido), sensação de falta de ar, desconforto ou dor no peito, tonturas, sensação de asfixia e náuseas. Nas primeiras vezes, é comum as pessoas se dirigirem a serviços de urgência, percecionando que algo está severamente errado.
Sintomas Cognitivos
Nesta categoria de sintomas, é comum as pessoas experienciarem medo de perder o controlo ou de enlouquecer e, em alguns casos, é reportado o medo de morrer durante o ataque de pânico. Estes sintomas acrescentam ainda mais sofrimento à experiência emocional intensa.
Em situações mais complexas, é comum que, após a experiência de um ataque de pânico aconteça também:
Preocupação em ter novos ataques de pânico
As pessoas podem sentir uma preocupação constante em experienciar novos episódios. Desta forma, a possibilidade de viver novamente o ataque de pânico acaba, muitas vezes, por ser considerada avassaladora.
Alteração de comportamentos
Dada a preocupação acima descrita, as pessoas tendem a alterar padrões de comportamento para evitar a experiência de pânico. Por exemplo, podem deixar de ir a sítios semelhantes ao que deu origem ao primeiro ataque, podem evitar fazer esforço físico para não provocar sintomas semelhantes e restringir atividades do dia-a-dia como ir a um supermercado.
Um ataque de pânico não é sinónimo de diagnóstico de saúde mental, porém, o alastramento dos sintomas para as duas últimas categorias, implica a avaliação por alguém experiente em saúde mental, como um psicólogo ou um médico psiquiatra. O tratamento pode passar pela psicoterapia/acompanhamento psicológico ou pelos psicofármacos, de forma a diminuir os sintomas típicos desta experiência emocional pautada por elevado sofrimento.