Posso/devo trocar de psicólogo?

Escrito em 18 de setembro de 2023 • Por Andreia Ramos

Imagem a simbolizar a mudança de psicólogo no processo terapêutico

Quando as pessoas decidem dar o passo para iniciar as consultas de psicologia, é extremamente importante haver uma identificação com o psicólogo. Inúmeras investigações têm demonstrado que a relação terapêutica (relação entre a pessoa e o psicólogo) é um dos fatores mais importantes para o sucesso das consultas. Desta forma, se a pessoa sente a necessidade de experimentar outro psicólogo, pode fazê-lo e, dependendo das situações, até pode ser aconselhável. Algumas das causas subjacentes à troca de profissional serão apresentadas de seguida:

 

Não me sentir compreendido pelo psicólogo

 

Por vezes, as pessoas sentem que não estão a ser compreendidas pela pessoa que as está a acompanhar. A sensação de compreensão e validação emocional por parte do psicólogo é crucial, pois é isto que vai sustentar uma relação terapêutica segura e de confiança.

 

Não sentir melhorias

 

Um motivo que pode levar à troca de profissionais é o facto de as pessoas não identificarem melhorias ou sentirem uma estagnação no processo. Apesar de não ser linear e de cada pessoa ter progresso ao seu próprio ritmo, esta pode ser uma causa de se querer iniciar um novo processo terapêutico.

 

Sentir que não se aborda os temas que pretendo abordar

 

As consultas de psicologia são um espaço que depende de uma relação entre o psicólogo e a pessoa. Por vezes, pode haver a sensação de que o psicólogo direciona a consulta para temas distintos e a pessoa sente que sai deste contexto sem ter focado naquilo que pretendia.

 

Não me identificar com a abordagem

 

Os psicólogos regem-se por abordagens terapêuticas distintas e a abordagem adotada pode não ser algo com que a pessoa se identifique. Desta forma, a pessoa pode não se sentir confortável com algumas das estratégias mais típicas de um modelo de intervenção terapêutico específico.

 

No entanto, estes pensamentos e sentimentos podem ser comunicados ao psicólogo. Assim, se for algo que está no controlo do mesmo, pode haver alguma alteração que proporcione um ajuste que responda à necessidade da pessoa, sem ter de recomeçar o processo. Caso haja a sensação de que não há nada que o psicólogo possa fazer ou se, depois da comunicação, os pensamentos e sentimentos se mantiverem, poderá ser importante procurar outro psicólogo com características ou abordagens diferentes.