O tempo para a eficácia das sessões é algo muito variável de pessoa para pessoa e depende de diversos fatores (tipo, tempo e severidade das dificuldades, objetivos da pessoa, contexto onde a pessoa está inserida, periodicidade das sessões, entre outros). Desta forma, não há possibilidade de prever o tempo necessário para a observação de melhorias, dado que o processo terapêutico é extremamente individual e tem sempre em conta as necessidades de cada pessoa. No entanto, usualmente, as pessoas começam a experienciar algumas melhorias ao fim de poucas sessões.

 

Os resultados terapêuticos positivos consideram-se uma associação entre a própria pessoa, o psicólogo e o contexto onde a pessoa está inserida. Isto é, se eu estou motivado para a mudança e comprometido com o processo terapêutico, se a abordagem do psicólogo combina comigo e se o meu contexto for facilitador de melhorias (trabalho, família, amigos, entre outros) é muito provável a verificação de progressos rápidos e significativos. Não obstante, nem sempre isto acontece dado que não temos o controlo de tudo o que acontece nas nossas vidas e os objetivos terapêuticos, por vezes, têm de ser ajustados mediante o que vai acontecendo ao longo das consultas.

 

Apesar deste tipo de respostas poder frustrar as pessoas que procuram as consultas, um psicólogo não deverá comprometer-se a mencionar um número de sessões. Mesmo que a abordagem terapêutica utilizada seja um protocolo estruturado (por exemplo, 20 sessões), o psicólogo encontra-se incapaz de prever o futuro e saber se todos os ganhos terapêuticos desejados pela pessoa serão alcançados até lá.

 

Algo mais importante que o tempo são os próprios resultados terapêuticos e umas pessoas vão demorar poucos meses a alcançar os seus objetivos e outras vão demorar mais um tempo e está tudo bem com isso. Somos pessoas diferentes, com características diferentes que iremos caminhar a ritmos diferentes também.

 

Porém, apesar desta incerteza, é importante mencionar que é suposto começarem a aparecer algumas melhorias (mesmo que ligeiras e, ainda, pouco significativas). Caso a pessoa sinta alguma estagnação no processo terapêutico, deverá comunicá-la ao psicólogo e, juntos, estabelecer uma potencial resposta à respetiva necessidade naquele momento.