Vale a pena investir em consultas de psicologia?

Escrito em 25 de setembro de 2023 • Por Andreia Ramos

Ponto de interrogação a simbolizar o processo de dúvida quanto a iniciar um processo de psicoterapia

Esta questão é difícil de responder pela sua subjetividade, dado que o “vale a pena” é algo muito pessoal e dependente de uma opinião. A psicologia segue princípios que visam, de uma forma geral, melhorar a qualidade de vida de uma pessoa, promovendo o máximo de ganhos terapêuticos e prevenindo o mínimo de malefícios. Assim, as consultas são um investimento para as pessoas se sentirem melhores, mais felizes, mais capazes e, sobretudo, mais conscientes quanto ao que se está a passar à sua volta. A questão quanto ao compensar deriva de o quão as pessoas priorizam o seu bem-estar emocional e se os ganhos terapêuticos pesam o investimento quer financeiro quer de tempo. Assim, poderá valer a pena investir em consultas de psicologia se, por exemplo:

 

Sentir que as minhas emoções estão desreguladas

 

As emoções são sinalizadoras de algo e, quando desreguladas (pela sua frequência ou pela sua intensidade), têm tendência a trazer consequências negativas para a vida da pessoa. Por exemplo, se começo a sentir-me mais triste e desmotivado e a cada dia que passa me continuar a sentir assim, as consultas podem ser um bom investimento para ultrapassar essa desregulação emocional.

 

Sentir que as minhas relações não estão a ser benéficas

 

Por vezes, as relações deparam-se com processos de mudança e pode ser complexo o ajuste e a adaptação a essas alterações interpessoais. Por exemplo, se a minha relação amorosa está a passar por uma dificuldade difícil de gerir, poderá ser vantajoso procurar ajuda psicológica.

 

Sentir que gostaria de melhorar algum aspeto da minha vida

 

Um motivo para iniciar as consultas de psicologia pode ser para melhorar algum aspeto da vida da pessoa. Por exemplo, se não aprecio muito a minha dificuldade em dizer que não e se esta dificuldade tem tendência a trazer problemas para a minha vida, poderá ser favorável melhorar ou trabalhar esta competência.

 

Em todos os exemplos, a palavra utilizada foi sempre “sentir”, remetendo para a subjetividade da pergunta. As consultas estão comprovadas como benéficas e como causadoras de ganhos terapêuticos a curto e a longo prazo, prevendo-se ser um bom investimento para quem “sentir” alguns dos exemplos acima referidos. No entanto, a decisão final acaba sempre por pertencer à pessoa.