Cada país apresenta critérios específicos para configurar alguém como psicólogo, dependendo da forma de como a profissão é regulamentada. Em Portugal, um psicólogo precisa de passar por algumas etapas para a atribuição do título profissional, com vista a salvaguardar as pessoas que procuram por consultas de psicologia, prevenindo o exercício de más condutas profissionais. Assim, uma pessoa em Portugal precisa de um curso superior na área da psicologia (incluindo o Mestrado) e a entrada na Ordem dos Psicólogos Portugueses (Estágio Profissional e Formação Inicial).

 

Curso Superior em Psicologia

 

Para o exercício da profissão, o primeiro passo é a entrada no ensino superior na área da psicologia. A licenciatura em psicologia (3 anos) apenas atribui conhecimento, não sendo suficiente para o exercício da profissão. Desta forma, os alunos licenciados devem integrar o mestrado do seu interesse e realizar os procedimentos académicos necessários para a obtenção do grau mínimo de mestre em Psicologia (mínimo de 5 anos de estudo na área da psicologia).

 

Entrada na Ordem dos Psicólogos Portugueses

 

O curso superior não é suficiente para a atribuição do título profissional (isto é, um mestre em psicologia ainda não é psicólogo). Desta forma, é necessária a inscrição na Ordem dos Psicólogos Portugueses aquando da aceitação num local que permita realizar o estágio profissional. Esta procura de um local de estágio cabe à pessoa e, após o mesmo, deverá realizar os respetivos pagamentos à inscrição e formular um projeto de estágio. Este processo denomina-se de ano profissional júnior e tem a duração de um ano. Este ano implica o exercício supervisionado da psicologia (obrigatoriedade de um orientador de estágio com experiência na área) e a realização de uma formação inicial. Após a conclusão, é necessário a elaboração do relatório de estágio e, caso ocorra a aprovação, o psicólogo júnior passa a psicólogo, com a atribuição de uma cédula profissional validada.

 

O exercício da profissão em Portugal requer sempre a passagem pela inscrição na Ordem dos Psicólogos Portugueses e pelo pagamento anual de cotas para manter a cédula profissional atualizada. Não obstante, nem todas as áreas requerem a inscrição na Ordem, sendo a área da Psicologia das Organizações uma das exceções. Porém, tudo o que implica avaliações e intervenções psicológicas, por serem áreas restritas aos psicólogos, apresentam esta obrigatoriedade (por exemplo, Psicologia Clínica, Psicologia da Educação, Psicologia da Justiça).