O que acontece ao fim de algumas sessões de psicologia?

Escrito em 22 de agosto de 2023 • Por Andreia Ramos

Desenho de Andreia Ramos a simbolizar um ciclo de respostas emocionais disfuncional

Ao fim de algumas sessões, é importante que o psicólogo já conheça, de forma global, a pessoa que está a acompanhar e que a pessoa já compreenda melhor e esteja mais consciente quanto a alguns dos seus processos mentais e respostas emocionais. Ao mesmo tempo, espera-se uma relação terapêutica mais segura, ajudando a potenciar os respetivos resultados psicoterapêuticos esperados.

 

O processo de mudança engloba inúmeras técnicas que visam quebrar as respostas emocionais mais disfuncionais (técnicas cognitivas, comportamentais, experienciais, entre outras). De acordo com a terapia cognitivo-comportamental, é crucial encontrar comportamentos ou pensamentos alternativos, se as respostas adotadas anteriormente não só não funcionavam, como também contribuíam ainda mais para o problema.

 

Por exemplo, se uma pessoa que sente tristeza de forma continuada e intensa apresentar uma tendência para o isolamento, a cada episódio vai ficar mais triste e, por consequência, ainda mais isolada. Neste caso, a estratégia adotada – o isolamento – é disfuncional e não funciona a longo prazo, sendo necessário promover comportamentos alternativos ajustados que quebrem o ciclo de manutenção da tristeza.

 

No entanto, apesar desta explicação simplificada, este trabalho psicológico necessita de uma visão muito objetiva e imparcial, que só alguém com bastante conhecimento e treino em compreender o comportamento humano conseguirá identificar e realizar. Como tal, é importante recorrer a um psicólogo para um acompanhamento fidedigno, sustentado na investigação científica, prevenindo o recurso a más práticas da psicologia.